A Revolução da IA na Gestão Jurídica
um novo paradigma para eficiência e tomada de decisões
Entenda os fundamentos da nova realidade do metaverso e dos investimentos em NFSTs.
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Metaverso é o buzzword da vez. E não há problema nenhum nisso. De um lado, incrédulos se lembram do fracasso do second life e julgam que nada de bom vai sair dessa onda. Nesta mesma matiz, alguns justificam que nada de novo há no conceito, e se vangloriam nas suas torres de marfim julgando todo o movimento uma grande besteira. Do outro lado, otimistas compram todos os NFTs que surgem, jogando-se completamente na crença de que uma revolução iminente está por vir.
Entre o 0 e o 1, típicos da polaridade da Era não binária, em que a polaridade binária está mais presente do que nunca, existe uma vastidão de reflexões.
E é nesse oceano de imprevisibilidade, no campo do princípio da incerteza, que buscaremos fazer algumas análises despretensiosas. Mas o objetivo aqui não é tratar de mecânica quântica, muito menos de computação quântica. Não falemos de qubits, mas sim de características do que está por vir.
O fato é que estamos vivendo o que muitos denominam de web 3.0. Do ponto de vista acadêmico, sou muito fã das metodologias que fragmentam os fenômenos para dar conta de análises pormenorizadas das características próprias de cada período.
Resumindo:
A busca por experiências mais imersivas não é nova. Para ilustrar, cabe mencionar que o Meta, então Facebook, adquiriu, em 2014, por 2 bilhões de dólares, a Oculus VR (o vídeo abaixo é de 2016). A novidade está no fato de que o aplicativo da Oculus foi o mais baixado no Natal de 2021.
Em síntese, o desenvolvimento de tecnologias relacionadas à realidade virtual, aumentadas e hologramas já era um fato. No entanto, tais características se aceleram com uma pandemia que impôs uma limitação de sociabilidade nos últimos dois anos.
Assim, ao que parece, estamos vivendo o ponto de inflexão da experiência até então vivenciada. Da mesma forma que a máquina de escrever deu espaço aos computadores pessoais, os celulares aos smartphones, o rolo de filme às fotos digitais, a experiência 2D será substituída pela experiência imersiva.
Outra grande aposta da web 3.0 diz respeito a descentralização. A maioria das pessoas nem mais se lembra de Satoshi Nakamoto, personagem fantasioso icônico do Bitcoin. Contudo, ao que tudo indica, após quase 15 anos da sua criação, a ideia de descentralização parece fazer cada vez mais sentido.
A tecnologia blockchain, com todos os seus aperfeiçoamentos após mais de uma década, é um dos elementos centrais do que se já se vivencia.
Aqui não buscarei fazer um detalhamento amplo a respeito de tema que comporta diversas análises. Mas o fato das moedas fiduciárias darem espaço para as criptomoedas é um aspecto que tem um potencial de mudar por completo a realidade. A criação das stablecoins, lastreadas em moedas fiat, foram mais um passo no fortalecimento na transferência de crença entre modelos.
Embora as shitcoins ainda turvem a análise de alguns, é inegável o espaço das criptomoedas. Fato que se ampliará em decorrência dos dois próximos pontos que passamos a analisar.
A Teoria dos 6Ds do Peter Diamandis, da Sigularity University, preconiza a digitalização, decepção, disrupção, desmaterialização, desmonetização e democratização.
Essa Teoria é desenvolvida com base na fungibilidade e abundância características da web 2.0. Ou seja, a internet se mostrava como um território livre em que tudo parecia ser gratuito e infinitamente replicável. Sendo certo que o que mais acendeu em tal contexto foram empresas de “publicidade” e marketplaces, que rentabilizaram como nunca antes na humanidade com o tráfego da experiência entre online e offline.
No entanto, na medida em que a vida passa a migrar, a partir de experiências mais imersivas, para o ambiente 100% virtual, mostra-se necessário a ascensão de uma verdadeira nova econômica digital.
Para exemplificar: Imagine um brasileiro que despendia 4 anos em redes socias, era impactado por um post patrocinado de uma marca de roupas, adquiria uma camiseta e seguia para uma casa de festas, que anunciava em um site de buscas. Em tal contexto, os 6Ds fazem todo sentido.
No entanto, quando este mesmo indivíduo passa a frequentar festas digitais no metaverso, usando roupas digitais, é preciso “materalizar” esses bens. Nasce assim o conceito de NFT, token não fungível, que cria uma percepção maior de “propriedade”, de “individualidade”.
A questão da “terra” está presente em todos os economistas clássicos, Thomas Malthus, Adam Smith, James Mill e David Ricardo. Mas certamente nenhum deles poderia supor o que viria a ser o conceito de terrenos virtuais.
Embora os incrédulos possam conceber que terrenos em ambientes como Sandbox se assemelham a venda de imóveis na lua, o fato é que pela mesma análise feita no contexto dos NFTs, a percepção de propriedade “precisa migrar” para o metaverso para manter o sistema capitalista.
Mais uma vez não pretendo fazer uma análise profunda, mas a “monetização” dos terrenos virtuais parece ser elemento essencial na expansão econômica para o Metaverso.
Você também pode ler a publicação original do artigo no LinkedIn do Bruno Feigelson.