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Você sabe o que é Open Banking?

Open Banking permite que as informações do sistema financeiro fluam de maneira padronizada. Confira!

Uma parceria com

É uma tradução livre, significa sistema financeiro aberto.Permite que as informações do sistema financeiro fluam de maneira padronizada, de modo que o compartilhamento de dados ocorra no melhor interesse dos correntistas.

Participam do Open Banking as Instituições Financeiras habilitadas a operar pelo Banco Central. O sistema permite que instituições financeiras novas, bem como fintechs tenham acesso aos mesmos dados que grandes bancos, para que possam criar produtos tão incríveis quanto os dos maiores players.

O cliente que escolhe como compartilhar os dados, por meio do consentimento de tratamento de dados. 

Quais as fases de implementação?

A cada fase novos dados serão compartilhados, e novos serviços financeiros podem ocorrer.

Em fevereiro de 2021, as instituições disponibilizaram de forma padronizada informações sobre canais de atendimentos físicos e virtuais, que permite a comparação de taxas e permite mais ofertas no mercado. 

A partir do segundo semestre de 2021, o cliente decide com quem irá compartilhar os dados. Também será possível alterar os dados de diversas instituições financeiras por meio de uma única plataforma e ainda surgiu o PIX. 

Em 2022 será possível receber propostas, investir, contratar seguros por meio de uma única plataforma. 

Qual o impacto do open banking?

Para se ter noção do impacto do sistema bancário aberto, em 2021, foram disponibilizados R$ 815,2 bilhões em créditos para aquisição de imóveis. 

De acordo com o SERASA, com o open banking e adoção do cadastro positivo, o potencial dessa linha de crédito aumenta em quase R$ 10 bilhões. 

Você sabe o que é cadastro positivo? 

Basicamente é adoção pelos consumidores da política de compartilhamento de informações financeiras entre todas as instituições de crédito acreditadas pelo Banco Central. 

Esse cadastro tem o potencial, através do uso de Business Intelligence e Inteligência Artificial, de estimar melhor a estimativa de risco de crédito de cada pessoa. 

Como as fintechs se beneficiam deste cenário?

As fintechs estão de olho no Open Banking, de modo a explorar possibilidades do PIX e oferecer cada vez mais serviços personalizados para seus clientes. A pesquisa Fintech Deep Dive 2022, mostra que 72% das fintechs do Brasil estão explorando o mercado do PIX e Open Banking.

76% dessas empresas esperam colher os frutos desses investimentos em até um ano.

Como funciona tecnologicamente o Open Banking?

O open banking funciona tecnologicamente mediante o uso de APIs (comunicação entre sistemas) e as empresas trocam informações mutuamente. 

O interessante é que entre as 10 principais APIs estão:

  • pagamentos
  • criação virtual de contas
  • score de crédito, dentre outros. 

Com estes dados, diversos novos serviços podem surgir.

Quais tecnologias interessam mais às fintechs?

Dentre as tecnologias que as fintechs querem dominar estão:

  • Inteligência Artificial
  • Machine Learning
  • Data Analytics

Estas tecnologias são frutos justamente da análise de um número massivo de dados estruturados.

Não à toa, vemos diversas fintechs super nichadas, como por exemplo:  

1 - Conta Simples que está focada em empreendedores que precisam fazer a gestão de diversos cartões para pagamento de marketing via tráfego online.

2-  Weel, que é focada na antecipação de recebíveis

3 - A Tutu Digital que é especializada na concessão de crédito peer to peer lending 

4 - A BizCapital é focada na aquisição de crédito sem garantias imobiliárias

O mercado de bancário sofre mudanças diárias por conta do uso destes dados, inclusive há diversas plataformas que ajudam a criar sua própria fintech. Já se fala de Banking as Service, ou banco como serviço que seriam estas plataformas bases para criação de novos bancos.

E não à toa, as fintechs são as que mais recebem aportes de investimento, justamente por conta de um mercado regulatório flexível e que incentiva o compartilhamento de dados.

Vamos precisar de profissionais interdisciplinares para tocar estes desafios jurídicos. Você está pronto?

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Autores

Lucas Gouvea
Head de UX e Growth na Future Law