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Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. Você sabia que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo?
Uma parceria com
Setembro é o mês de prevenção ao suicídio. A Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina são os responsáveis por trazer ao Brasil a Campanha Setembro Amarelo. A mesma tem como foco informar a população de que o suicídio pode ser evitado e de que maneira podemos fazer isso. Só seremos capazes de desmistificar uma série de concepções e preconceitos sobre essa temática através da educação e do diálogo. É preciso, de forma consciente, quebrar esse tabu e combater a banalização de assuntos relacionados à saúde mental.
O suicídio envolve um ato que tem por finalidade tirar a própria vida. É uma questão multidimensional, ou seja, influenciada por diversos fatores, como psíquicos, físicos, sociais, culturais, econômicos, situacionais e biológicos, entre outros, em uma pessoa que acredita no suicídio como a única opção/solução para um problema. Suicídio não está relacionado à coragem, mas sim ao sofrimento.
Com base em dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), só no Brasil são 14 mil suicídios por ano, uma média de 34 vidas perdidas por dia. No mundo, 700 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. “Em 2019, o suicídio foi considerado a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal.” No ranking mundial, o Brasil ocupa a 8° posição em números absolutos e, infelizmente, as taxas não param de subir. “Não podemos - e não devemos - ignorar o suicídio”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde. “Cada um deles é uma tragédia. Nossa atenção à prevenção do suicídio é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de COVID-19, com muitos dos fatores de risco para suicídio - perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social - ainda muito presentes.” (OPAS, 2021).
O suicídio deve ser encarado como uma questão de saúde pública, mas as políticas públicas permanecem ainda sem receber o necessário investimento nesta causa. Segundo Botti e Paula (2021), o Brasil permanece na inércia de produzir um plano efetivo de prevenção ao suicídio, desde falta de atendimento, tratamento e apoio, até a ausência de identificação de riscos e vulnerabilidades. Também é de nossa responsabilidade, enquanto sociedade, promover ações para a sua prevenção. O Instituto Vita Alere destaca como formas de precaução desde campanhas educativas; ações em escolas, ambiente de trabalho, seio familiar; até a promoção de um ambiente mais livre de violência e com amplos serviços de saúde mental, ou seja, mais saudável como um todo (lembra que eu disse que são vários os fatores, inclusive sociais, situacionais e econômicos?).
Não tenha preconceito e nem medo de participar do tema. Esse é um trabalho de todos nós, população. Precisamos falar sobre suicídio de Janeiro a Janeiro. Pesquise, se informe! O preconceito e a desinformação produzem uma imensa ignorância a respeito do suicídio e dos transtornos mentais e isso prejudica várias pessoas a buscarem ajuda. A partir do diálogo seremos capazes de construir uma cultura de que o suicídio é um assunto extremamente relevante, assim como sua prevenção.
Estejamos atentos!
Perceba ao seu redor se alguém está precisando de ajuda, observe alguns sinais como mudança de hábitos, perda de interesses em atividades que antes eram prazerosas, isolamento, frases como: “estou cansado de viver”, “não aguento mais”, por exemplo. No fundo as pessoas só querem acabar com suas dores. Por isso podemos prevenir, incentivando-as a buscarem ajuda, a falarem sobre suas questões.
Ter uma escuta ativa e respeitosa, despida de qualquer preconceito, ou seja, ser um apoio pode fazer a diferença. E o mais importante, incentive o tratamento adequado, com profissionais aptos a lidar com a saúde mental. Tenha empatia. Não devemos medir a dor do outro pelas nossas experiências. Tenha responsabilidade ao falar sobre o assunto. A forma como fazemos essa comunicação também é muito importante para a prevenção do suicídio. Incentivar o cuidado com as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições é fundamental.
Sejamos rede de apoio!
Se você tem ou já teve comportamento suicida, saiba que existem outras maneiras de resolver em vida questões difíceis. Há meios para lidarmos com o sofrimento. “A vida é a melhor escolha!” Nada é fixo ou permanente, as situações mudam e você não sentirá essa dor para sempre. Você é importante e merece viver! Não tenha vergonha de falar ou buscar ajuda! Continue sua jornada, busque autoconhecimento e veja que você é um ser incrível.
“Falar é a melhor solução e ouvir é a melhor atitude.” (lema da campanha Janeiro Branco).
Onde procurar ajuda e informações?
Família e amigos (forme uma rede acolhedora).
CAPS – Centros de Apoio Psicossociais do SUS.
Centro de Valorização da Vida – LIGUE 188
Sites
(*também utilizados como fontes de consulta para elaboração deste texto):
Centro de Valorização da Vida - https://www.cvv.org.br/
Instituto Vita Alere - https://vitaalere.com.br/
Organização Mundial da Saúde (OMS) - https://www.who.int/
Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) - https://www.paho.org/pt
Campanha Setembro Amarelo - https://www.setembroamarelo.org.br/
Campanha Janeiro Branco - https://janeirobranco.com.br/
The semicolon project (Projeto ponto e vígula) - https://projectsemicolon.com/
ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) - https://www.abp.org.br/
CFP (Conselho Federal de Psicologia) - https://site.cfp.org.br/
BOTTI, Cristiane Lappann. PAULA, Joice Cristina de. Projetos de lei relacionados à prevenção do suicídio no Brasil. Revista Mental - Revista Saúde Mental e Subjetividade, vol. 13, n° 23. Barbacena, jan/jun de 2021. Disponível em: << http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-44272021000100009>>